segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Para o Dia Internacional da Fotografia


O Dia Internacional da Fotografia, para mim, é impossível não ser relacionado à minha maior fonte de inspiração: Pierre Verger.

Certo dia, tive a grande oportunidade de conhecer o local onde ele viveu aqui em Salvador. A casa número 6 da Ladeira da Vila América ainda guarda o que Verger deixou: negativos, fotos, escritos, cartas, livros, roupas, assentamentos, cheiros... Além dos seus objetos, deixou também um lugar para sentir a presença dele.

Era como se ele estivesse no final do corredor, esperando que eu entrasse no seu quarto para me mostrar cada detalhe. Parecia que era ele quem estava me mostrando as suas caixas de fotografias. Paris, África, Brasil, Japão... Tudo bem organizado em caixas em um armário simples de madeira.

Não tenho palavras para descrever a emoção que senti enquanto via as fotografias dele. Não era só porque eu nunca tinha visto a maioria, mas sim por estar vendo um tesouro em mãos. A cada foto que passava mais eu tinha certeza de uma coisa: era dessa forma que eu queria mostrar o mundo. As fotografias não representavam somente beleza. Muito mais que isso: guardavam histórias! Parecia que eu estava assistindo cada cena congelada. Cada sorriso tinha som, cada momento tinha movimento. As fotografias estavam vivas. Vivas como o espírito de Verger dentro daquela casa. Vivas como quero deixar as minhas fotografias quando não estiver mais presente em matéria.

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