"Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim A tua beleza aumenta quando estamos sós E tão fundo intimamente a tua voz Segue o mais secreto bailar do meu sonho, Que momentos há em que eu suponho Seres um milagre criado só para mim."
Foi por acaso, numa noite de sexta em casa, que recebi de presente (com certeza), um link com uma música para ouvir. Primeiro reação: segurar o peso da voz da Glória. Forte, ardente, daquelas que entram pelos ouvidos e te fazem sentir o que ela sente. Olhos marejados, corpo arrepiado e a vontade de não ouvir mais nada. Só a voz dela. Falta-me palavras para descrever o que sinto até agora, enquanto escrevo. Após saber da sua história, o que eu ouvia no momento deixou bem claro o que o destino preparou para ela. "Pra quem tem licença, a porteira do mundo nunca tranca". A porteira se abriu para que a sua voz fosse conhecida. E que essa, não se feche. Que cada vez mais abra as porteiras dos ouvidos e nos encha de samba, amor e emoção. Que a voz da Glória sempre ecoe.